05/02/2013
17:41
Hoje foi meu segundo dia na escola Henry Wise Wood. Mas começarei falando sobre o primeiro. Que foi ontem, obviamente.
Bom, a escola é bem "Manual de Sobrevivência Escolar do Ned" só que sem a fuinha. A professora de ingles, Mrs. Teleky, é uma daquelas pessoas neuróticas com bacterias, mas é uma otima mulher. Um bom coração. Ela não gosta da palavra "hate" (rato) pois acha muito forte e acha que deveriamos usa-la apenas 2 ou 3 vezes a vida inteira. O professor de estudos sociais, Mr. Matthews parece o vocalista do R.E.M. só que hétero e usa chinelos em sala de aula. Um ótimo sujeito. A professora de Science é a Mrs. Gomez... aparentemente chata. A professora de matemática, Mrs. Tong é uma asiática bem amigável mas creio que nao farei mais matemática por possuir um conteúdo que não será importante para mim no ENEM além de usar calculadora para construir gráficos... e eu não quero aprender a usar uma calculadora pra montar minhas parábolas. Vou ver se pego Arts ou Psychology ("salto com vara" em ingles) porque aparentemente tem um curso de psicologia. E provavelmente ajudarei nas produções de teatro, sem atuar. Não sei se já falei isso... falei?
E na aula de science um gordinho (carinhosamente apelidado de "fat fuck" [mentira]) começou a falar sobre os ataques em escolas americanas de gente maluca e etc. Ele me parece um tanto perturbado. Eu fiquei perturbado depois dele começar a falar aquelas coisas... mas acho que ele nao saberia segurar uma arma. Mãe, não entre em pânico, estou seguro.
As aulas de matemática são extremamente soníferas. Mas no Brasil tambem é assim. Nada novo.
O segundo dia foi melhorzinho que o primeiro. Não fiquei tão perdido. No entanto, só converso com Roberto. Cheguei a trocar algumas palavras com uns colegas de classe mas... nada. Me sinto um indiano (estranhão e fedido) brinks nao me sinto um indiano
Aliás, tem uma indiana na minha turma de inglês que parece faminta. Quero dar um twix pra ela qualquer dia. Ou só sorrir, porque twix é bom e é meu. Clarice, fecha a tampa da pasta de dente... já cansei de pedir.
Meu armário é o 254, divido-o com Roberto. Achei que ia ser super legal mas... é só um armário.
Existem meninas gostosas mas as meninas gostosas parecem ser todas a mesma pessoa. Tão iguais.
E os ventos gelados não trazem mais inspiração que os tropicais. Talvez o problema seja eu. Me sinto como uma garrafa de espumante chacoalhada incessamente por 17 anos, mas a rolha não deixa nada passar. Talvez eu esteja esperando muito de pouca coisa, achando que se a rolha ceder, terei algo maravilhoso, genial e incrivelmente auto-satisfatório pra mostrar ao mundo. Talvez seja apenas umas 3 poesias e um desenho rabiscado de um cara mostrando o rabo. Talvez sejam gases. Um suspiro. Não, acho que é o cara mostrando a bunda mesmo.
Quero andar de bicicleta. O parque aqui perto de casa é tão bonito. Tem patos selvagens nadando no rio. E todo dia de manhã o mesmo esquilo preto está parado perto da mesma árvore, e corre ao me avistar. Será que ele espera alguem? Alguma coisa? Ainda gostaria de ver um coiote. Papa-léguas, Patolino. Sei lá.
Acho que não ando de bicicleta a uns 4 anos. Quero andar, quero andar muito. Sozinho.
Ou com você.
Truly Yours,
Victor Lampert
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