domingo, 24 de fevereiro de 2013

I'm the son of a bitch and Edgar Allan Poe

24/02/2013
14:13

Olá. Perdoem minha ausência, mas desde que o ultimo post não me agradou pois o postei sem possuir inspiração alguma, decidi esperar até ter conteúdo digno de estar aqui nessas paginas virtuais cor de pólen.

E estou experenciando (ou pelo menos estive nas primeiras semanas) uma coisa, no mínimo, interessante... ser invisível.
Não invisível tipo fisicamente mesmo, mas o fato de ninguém me conhecer por aqui.  Sempre conhecido nos lugares onde costumava andar no Brasil, estou achando um tanto divertido esse negócio de invisibilidade. Estava, né... já cumprimento pessoas nos corredores. Ser invisível por muito tempo não deve ser algo muito agradável.

As os ensaios de teatro estão se mostrando bem divertidos, embora eu ache que a aula de Art é o ponto alto do meu dia. Nos ensaios, fico montando cenário com as outras techies: Jen, Janine, Harica (eu acho que é assim que ela se chama?? A voz dela me lembra a da minha escurinha Julia Montessi). Pessoas bem comunicativas e divertidas. Já as atrizes são um pouco diferentes...


Paredes negras e chão alaranjado. Essas duas caracteristicas definem basicamente a sala de teatro de Wise Wood. Algumas meninas parecem atuar até mesmo conversando entre si. "Ah mas voce tambem faz isso victor" Não, você não entende. Elas parecem atuar as mais caricatas cenas quando interagem umas com as outras. Não me incomoda, mas me faz lembrar daquelas gordinhas que acham que vivem em um desenho japonês. Não as desgosto, só sinto uma pontada de nervoso.


Tem um garoto que veio da Nigéria sentado na minha frente na aula de Science. John Paul... um bom menino. Sotaque estranhíssimo. Ele fala "igbo" na Nigéria. Ele parece ser bem humilde... conversavamos sobre xbox eu e Thorne, um menino meio otaku tambem da sala de Science e John Paul disse que nao tem um xbox. Ele me pareceu meio triste, logo, mudei de assunto. Ele está a procura de um trabalho aqui mesmo tendo 15 anos. Gostei dele. Clarice, olhe para os dois lados antes de atravessar a rua. Ainda mais você, lerdinha.

Fui ao tal acampamento de estudantes internacionais na sexta, voltei ontem. Mas os detalhes dessa aventura vocês conseguirão apenas no próximo post.

Comprei um saco de Twizzlers, alcaçuz de morango. Não são tão bons quando eu esperava, mas ainda assim são gostosos.

Está chegando a hora de cortar minhas unhas do pé. Tenho problemas com unhas encravadas desde 2009, e passei o ultimo ano cortando mensalmente minhas unhas numa podóloga porque eu tenho um dom natural para fazer merda, principalmente quando o risco de se fazer merda é médio. Espero não passar 4 meses com um dedo inflamado mancando por ai.

Aliás, praticamente um mês já se passou. Bem rápido. Isso é bom e ruim. Fiz efetivamente amigos no acampamento, me sinto bem feliz.

Presentearei os senhores com a minha faixa favorita de uma grande banda moderna. Ignorem as legendas em espanhol.




Não postarei tão regularmente por aqui, só quando me for conveniente. Não adianta eu estabelecer um padrão de publicações sendo que assim o nível cai. Lhes apresentarei minhas palavras quando as palavras estiverem preenchidas com relativa inspiração. Relativa sim, pois pra mim podem parecer inspiradas, mas não pra você. De qualquer jeito, que isso fique claro.



A água daqui tem um gosto diferente. Não é melhor nem pior do que a água brasileira, apenas diferente mesmo. E eu ando com muita sede. Não "sede" própriamente dita, é só vontade de beber a agua especificamente. Sede pode ser saciada com um suco ou refresco qualquer... a que eu possuo não. Só água. Quando encontro um bebedouro, sinto vontade de morar ali, sentir a água descer pela minha garganta (eu diria "goela" mas me soa um pouco asqueroso) 24hrs por dia. Mas depois de quarenta segundos bebendo a tal água, a vontade passa. Volto a seguir meu trajeto pelos vastos corredores de Henry Wise Wood, "Home of Scholars, Artists and Champions".


Aparentemente tenho um sotaque forte. Alguns dizem que sim, outros dizem que não é tão forte, mas é característico... enfim, tenho sotaque. Talvez porque em certas palavras meu T sai forçado, como os britânicos (não soa tão retardado quando eles, claro). Me sinto estranho, porque nem alguns chineses têm sotaque. Na verdade, os chineses que conheci que não tem sotaque moram aqui a mais de 3 anos. Mas... e daí? Não é sotaque, é "charme". Palavras de mamãe.


As meninas do teatro, apesar dos apesares, são pessoas realmente acolhedoras e simpaticas. Sabem manter uma conversa divertida para ambos. Não adianta voce conseguir conversar por muito tempo se os dois acabam se entediando, apenas você ou somente a outra pessoa se diverte enquanto você se chateia com suas próprias palavras, o que pode parecer meio estranho, mas não impossível. Por muitas vezes fui cuspindo palavras de entretenimento equanto minha cabeça estava em outro lugar. Outros olhos, outros aromas, outros cabelos, outros sorrisos...




... como faço agora.





Truly Yours,


Victor Lampert

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

...el original de la abejita™

15/02/2013
19:43

Olá.

"Victor posta la no blog cara naomral!!" Lembrando que eu preciso viver pra ter coisa pra contar aqui. Que aliás não possuo muita.

Estou realmente gostando das aulas de Artes. Comecei a aplicar a luz no meu desenho, além de ter sido encarregado de fazer um assignment que consiste em coletar 15 imagens de traços artísticos de uma sociedade antiga de minha preferência (ainda não escolhi). Recebi elogio de um colega que está na mesma aula de ciências que eu. Achei que ele fosse um cara chato e debochado. Mas até que é legal.... (ele elogiou meu desenho, que fique claro).

Falando em Artes, na quarta-feira eu me perdi pelo colégio em busca da sala. Não a achava de jeito nenhum. Então, descendo as escadas, passou um menino que tinha visto no primeiro dia de aula. Ele anda torto pra calça dele não cair, sendo que ela já se encontra na metade de suas pernas o tempo inteiro. Desesperado, pois me divirto bastante na aula de Arts, pergunto ao sujeito "hey do you know where the arts  room is?" e ele, começando com um semblante sério e depois mudando para um sorriso do mais filho da puta, responde "yeah, it's is my pocket BROOOOOOOO". Sabia que ele certamente era um babaca, mas não esperava que fosse tão patético a esse ponto. Revirei os olhos e desci as escadas. Ingenuidade minha achar que um cara visivelmente doente iria me ajudar. Enquanto eu andava sob os degraus escada abaixo, ele emitia um sonoro "YOOO" pelo corredor. Me revoltei porque ele nem ao menos era negro nem rapper de verdade para dizer "yo". Mas ele provavelmente acha que é um rapper. Gang$ta. Um verdadeiro criminoso. Por um momento desejei que ele pegasse herpes por ser tão... sei lá. Inútil? Dispensável? Tá, não conheço sua história de vida. Seus problemas, o que o torna tão imbecil. Não o desejo herpes. Não mais. Mas ele poderia crescer. Anes, continua tirando essas fotos, tá legal. Mas tira o olho da Clarice, sim?


Jantei num restaurante vietnamita. Achei que eles não tinham nada de especial além da vitória sobre os EUA.

As balinhas de chá de limão são boas.

Logo após essa aula de Artes (sim, encontrei a sala a tempo sem ajuda do Eminem) fui a caminho da sala de teatro, mas estava fechada e com um aviso na porta, dizendo que a professora se encontrava doente. Fiquei chateado e olhando para a arte da parede uns bons 40 segundos. Nisso, passa a Mrs. Gomez, professora de Science, e me pergunta se eu faço teatro. Respondo com um grande sorriso "sim, apresento peças desde os 9 anos". Ela, me observando, pergunta "... e você quer ser ator?" Respondo firmemente com um "Sim. Não só ator, mas artista em geral. Criar e viver de arte. Escrever, pintar, atuar, dirigir."

Gostei muito do que ela me disse. "Gostei... você fala com firmeza. Você acredita nisso, no seu sonho. E vai em frente, porque você já me convenceu. Sucesso, menino." E foi embora com o barulho de seu salto alto ecoando pelos extensos corredores de Henry Wise Wood.


A propósito, a bela menina Clarice me concedeu ausência, e eu produzi poesia.
Podem estar meio clichês e não muito boas, mas... eu produzi e gostaria de compartilhar com vocês, pois não vejo sentido em fazer algo para ser mostrado e ficar regulando. Quero a opinião sincera de vocês. São os primeiros poemas que eu faço depois de adquirir um pouquinho mais de cultura. Então, leiam.
Vice-versa
Seremos eternos e destemidos amantes.
O esgotamento deste sentimento será nosso Waterloo.
Mas não cometeremos os mesmos erros de Napoleão
Não, não não!
Reféns do afeto que domina a razão
Nosso amor é uma arte, somos nós os artistas
Você colore a tela e eu rabiscos palavras bonitas
Dando todas as pistas
Do que já é mais que óbvio:
Estamos bem longe de qualquer forma de ódio
Serás pra sempre meu abrigo, jamais meu ópio.
E vice-versa.

(Victor Lampert)



Aquele da Cortina
Sou tua cortina
Tu és minha menina
Artista de meu convívio
Lânguida dançarina
Assim me tens de modo que nem eu compreendo
E sinto que jamais poderei me libertar deste sentimento
Isso que faísca em meu peito quando ouço seu nome, toda vez.
E faísca de tal modo como se fosse a primeira vez.
és minha coberta
sou teu pão
sou teu ninho
és meu chão.
(Victor Lampert)


O primeiro, "Vice-versa", começou como os textos que costumo escrever. Mas senti uma sonoridade em "Napoleão" e "não, não não!" que decidi fazer um poema. O segundo foi consequência do primeiro.

Se não gostarem, tudo bem.


Uma banda que descobri ontem, Cloud Nothings, para vocês. Musiquinha legal. Dançante.



Fiz amizade com outros 3 brasileiros, uma filipina, uma menina de Hong-Kong e um alemão que já tinha conhecido na reunião do acampamento. Julius, o nome dele. Um bom rapaz, divertido.


Comam comida vietnamita quando tiverem a oportunidade. E vão ao Hooters.



Hoje, passei o dia inteiro em casa, lendo, escrevendo e proseando. Dias assim me parecem tão produtivos.


Ainda mais quando endereço meus versos a você.




Truly Yours,


Victor Lampert

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

always a wretch I have become, so empty

12/02/2013
7:53

Boas novas. Já troquei a aula de Math por Arts e o professor (Mr. Gough) me elogiou por baixo dos panos para Mrs. Teleky, professora de inglês que me ajudou a conseguir essa troca. Clarice, continua com seus desenhozinhos aí. A primeira aula eu fui encarregado de observar um amontoado de objetos, desenhar a parte que eu quisesse na folha (não precisava ser o amontoado inteiro) como uma foto. Como cheguei atrasado não pude chegar ao objetivo da tarefa: colorir com profundidade. Mas consegui reproduzir a imagem bem no papel. Legal. E hoje, na segunda aula, Mr. Gough nos pediu para fazer uma escala de luz usando tinta e não lapis. Peguei a minha sharpie e fui "hatching" (acho que é "hachurando" em português) 10 quadradinhos gradativamente no papel. Logo em seguida, comecei a reproduzir uma estátua exposta à claridade da janela. Estou terminando a reprodução e amanhã devo começar a aplicar as luzes ao desenho, dando a noção de profundidade pela luz. Maneiro. Legal. Nunca fiz isso. Curti.

As aulas de Tech Teathre não são exatamente aulas,  mas enquanto os atores ensaiam a peça, eu e os outros "techies" pintamos cenário, carregamos coisas e etc. Devo admitir que me sinto muito mais em casa quando estou na sala de teatro... é como se fosse mais seguro do que qualquer outro lugar (tirando minha casa aqui, claro). Mal posso esperar para aprender a operar as luzes...


Irei a um acampamento de estudantes internacionais no dia vinte-e-alguma-coisa e a reunião foi ontem. Conheci outros brasileiros com os quais espero fazer amizade. Só não queria ficar falando português no Canadá... irei sugerir falarmos inglês mesmo entre nós.


Não vejo mais o esquilo pelo parque. Acho que ele encontrou o que procurava. Tomara que eu encontre tambem.


Na hora do almoço hoje a igreja em frente a minha escola estava dando panquecas de graça (DE GRAÇA) de graça. Tá que cada um tinha direito a uma panqueca apenas, mas é panqueca e de graça. É por essas e outras que eu amo Jesus Cristo. Além de fazer vinho, nos dá panquecas.

Alguém alguma vez perguntou se "Cristo" era tipo o sobrenome de Jesus.

Aliás, uma vez conheci um rapaz que tinha uma interpretação bem interessante da história de "Jesus transformar água em vinho". Ele dizia que era uma metáfora para mostrar que Jesus era tão boa praça que quando ele chegava na festa as pessoas nem precisavam de alcool para se divertirem mais. Jesus podia dar uma festa.

(Desculpe a todos ofendidos por esta passagem de meu texto, não foi minha intenção e não desrespeitei a religião de ninguém. Antes que venham chiar no meu ouvido.)

Hoje na aula de inglês os alunos interpretavam um poema e eu olhava para a professora absorto em meus pensamentos, mas ainda assim ouvindo-a. Não lembro o motivo nem o poema, mas ela lançou a seguinte frase ao ar estagnado da sala de aula:

"We don't want to run away from who we are."

Perhaps we do, Mrs. Teleky.

Parei pra pensar no que ela disse e olhei ao meu redor. Todas aquelas etnias diferentes, aquela diversidade cultural (minha sala de inglês é constituida somente por alunos estrangeiros) e... caramba. Olha só essas 21 pessoas. É impossível dizer ou advinhar que demônios e desejos habitam cada uma. Veja esses asiáticos. Me parecem tão inseguros. Não todos eles, mas alguns sim. Um pouco babões. Sem a intenção de ofendê-los, longe disso, só umas observações. Parecem possuir tanto dentro de si, mas estão trancados pelo medo da rejeição do que há dentro deles, medo do exílio. Boa parte deles andam em grupos, juntos, todos asiáticos. Quero dizer, eles têm uns aos outros, mas ainda sim parecem frágeis. Me pergunto se são assim em seus países também, porque eu me sinto tão boca aberta quanto eles por aqui. Na verdade, até no Brasil sou meio boca aberta.

Não busco respostas pra essas perguntas que rodeiam minha mente, só... é bem curioso, não é?


Eis a musica que quero lhes recomendar. Uma boa banda. Boas letras. Bons instrumentos de sopro.







Vi um sujeito com uma camisa escrita "BICYCLE: Stick some fun between your legs"


Ri um bocado. Bem inapropriado.




E você, que me aparece no shuffle como uma porção de músicas diferentes? Escolhe uma, poxa. Ou deixa assim.

So pretty...





Truly Yours,


Victor Lampert

domingo, 10 de fevereiro de 2013

staring back at you

10/02/2013
11:41

Olá. Bem vindo. Sentaí.
As nevascas aqui no inverno são como as chuvas de verão, vêm com força e depois de meia hora... cabô.
Bem curioso.

Ontem fui patinar no gelo. Pra mim eu iria em um simples ringue de patinação, nada demais... até que cheguei num parque entre predios altos no meio de Downtown. O céu estava escurecendo, mas ainda dava para se sentir uns fracos raios de sol no céu, tornando-o parte verde escuro, parte azul, parte negro. E o parque era todo iluminado, com caixas de som tocando boas musicas de uma rádio. O vento frio soprando e cortando levemente as maçãs de meu rosto. Tudo isso me deixou tão apaixonado pela cidade que eu até relevei o fato de eu não conseguir patinar direito. Caí 3 vezes. Segundo a Ann, para uma primeira vez, eu fui bem. A prática levará à perfeição... perfeição. Claro.


E ao lado do parque há pelo menos uns 5 teatros, todos colados um ao outro, com milhares de atrações diferentes, variando entre exposições, apresentações de músicos, musicais e peças de teatro... Clarice, não bebe muito não. Sei que é dificil pra você, mas tenta.

Não me sinto deslocado. E se enganam aqueles que pensam que estou triste aqui. Não estou triste, só sinto saudades, algo normal. Me deixa um pouco triste sentir a falta das pessoas? Sim, mas não deixo de sair de casa nem de sorrir por causa disso. Fiquem tranquilos.

Mal posso esperar pras aulas de Tech Teathre... sinto que vou estar em casa. Aliás, bati um papo muito produtivo sobre arte e teatro (pelo menos pra mim) ontem com meu ilustre camarada Eduardo Santiago. Obrigado cara.


Tem uma Starbucks do lado da minha escola, sempre que volto para casa compro um Caramel Machiatto lá e vou saboreando-o pelo Stanley Park. Ainda não entendo a fixação que voces tem por esses cafés afeminados. Eu provei alguns e o unico que eu realmente gostei foi o Caramel Machiatto. Ainda prefiro o café normal. Tomei tambem aquele Frapuccino... acho que não tem café naquilo. E o café do Tim Hortons é melhor que o da Starbucks. E vocês não tão nem ai. Só queria compartilhar o meu resquício de revolta.

Mesmo revoltoso, tirei uma foto do meu copo da Starbucks e postei no instagram. Ninguém é de ferro.

Ontem Ann me ensinou a fazer um bolo de sour cream que a unica palavra que eu tenho pra descrever é um gemido de prazer. Embora tenha achado a raspa melhor do que o bolo assado em si, ambos são muito bons. Hoje aprendi a limpar o banheiro também. Mirian Lampert agradece.


Acabei de receber uma mensagem de meu tio Reggie com os seguintes dizeres:

"Oi Victor
Vc não sabe mas antes de voce nascer, eu fiz um pacto de sangue com seu pai e a sua mãe, que se um dia voce fosse pro Canada, seria fan do Habs no hockey.
Não adianta dizer que voce não tava sabendo, que não tinha nascido... tá na hora de pagar o pacto. Voce ja tem um time de hockey no Canada desde que nasceu.
GO HABS GO!"

Então tá né... GO HABS GO!

Eu gostei da camisa do Calgary Flames. Terei que vestir escondido e não postar fotos com ela.


Gostaria de compartilhar com vocês um escrito de um amigo da banda Alkaline Trio, que está presente na música Warbrain do álbum Remains, o qual eu adquiri recentemente.




“Thoughts are the shadows of feelings;
Always darker, emptier, simpler.
I don’t care if they’re fake or real;
I just thank them for showing up at all.
I Have black periods, who does not?
But they do not have me.
They are not a part of illness;
But a part of my being.
What am I saying?
I have the courage to have them…
At 4 o’clock in the morning.
This sucks.”


Minha banda favorita.



Eu tombando no gelo e você rodopiando na minha cabeça.






Truly Yours,



Victor Lampert.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

carnaval é uma distante realidade

08/02/2013
17:29

Todos na internet falam de carnaval e eu, por mais estranho que isso possa parecer, sinto uma pontada de inveja. Gosto do carnaval. Gosto da alegria, da folia. Não gosto das musicas e do cheiro, mas isso eu posso mudar... é só festejar com pessoas cheirosas e com som de minha preferencia. É uma boa desculpa para beber até cair vomitado nas sarjetas sujas das cidades durante 4 (ou 5?) dias seguidos. Gosto do carnaval pois geralmente só começo a viver quando já está anoitecendo... gosto da vida noturna. Gosto das luzes da cidade. Embora eu acho que gostaria mais do carnaval se fosse como (eu acho que era) antigamente... mais máscaras, mais sorrisos, mais "folclore", musicas mais características. O carnaval atual me parece  um evento para se lançar ao céu no ultimo volume todos os sons ruins que tem alcançado relativo sucesso nos ultimos meses e aquelas canções que já se tornaram triviais faz 5 anos e todos estamos enjoados, mas dançamos com um sorriso no rosto mesmo assim. Bom, aproveitem por mim. Não dirijam, por favor. Não vomitem tanto. Clarice, pense em mim. Mesmo.


Fui a uma loja de discos/coisas legais duas vezes procurando o CD do Japandroids "Celebration Rock" (de 2012, muito bom aliás, podem ouvir) e nas duas vezes ele estava tocando como ~soundtrack~ da loja, mas os CDs haviam esgotado. O atendente perguntou se eu queria deixar o número do meu celular para que eles me ligassem assim que chegassem mais CDs... a princípio eu recusei a oferta, mas estou cogitando-a agora. E em março (dia 23 de março) os Strokes lançarão seu novo CD... mesmo que esteja ruim, estarei na fila. "AI MAS PQ VC NAO BAIXA CD NA NET AFFFF MT MAIS FASSIO!!!" Me sinto bem valorizando o trabalho e dando dinheiro para os artistas que eu gosto.

Aliás, nessa loja (tô falando muito aliás né) tem muitas coisas legais e uns presentes perfeitos para meu pai. Achei 2 abridores de garrafa: um da Millenium Falcon e outro da Estrela da Morte. Achei posters fantásticos da Marvel, Star Wars, Pink Floyd, Led Zeppelin... camisas bem ~transadas~ (minha mãe usava essa expressão e ela nunca me pareceu positiva mas nesse caso é) de bandas e filmes e séries. Tinha do One Direction também... esses moleques tão em todo lugar. Tem mais One Direction do que Justin Bieber por aqui. Uns quadrinhos e livros bem baratos e interessantes, como "The Bro Code" por Barney Stinson (How I Met Your Mother) e 2 coletâneas de tirinhas do Cyanide and Hapinness, entre outras "cool stuff you didn't know you wanted", que é o nome da seção. É "seção" mesmo né? Ou "secção"? Eu sei o correto. Mas, será que você sabe?

Comprei meu primeiro livro em inglês: "Women" por Charles Bukowski. Li duas obras de Bukowski e gostei bastante da narrativa dele, não me cansa. Bem objetiva e satisfatóriamente detalhada.


Esse restaurante chinês aqui perto é algo que sentirei falta quando voltar.

Hoje o jantar conta com a participação da familia de Bob Ciarla (meu host father [pai hostil em ingles]) que consiste em um irmão, 6 irmãs e seus acompanhantes. Não tá cabendo direito na casa, mas eles são pessoas legais.



Quero aprender a operar essas malditas luzes logo. Sinto falta do palco. Sinto falta de cantar.

"Wait time is the worst"


Ah, a propósito, gostaria de dedicar uma partezinha dos meus posts para indicar-lhes uma música, coisa que eu fazia no meu antigo blog, e gosto de fazer. Então, hoje para estreiar eu indicaria a musica "Da Mesa Pro Quarto" da banda Quarto do L, da minha bela e cinza Volta Redonda, mas esta musica não está disponivel separadamente no youtube.

Logo, lhes presenteio uma música dos Japandroids.







Achei o post de hoje um tanto fraco... espero que tenham gostado.








"Me faz sentir a falta do meu lado bom"...



Todo mundo sabe, meu lado bom é você.




Truly Yours,


Victor Lampert




quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

the kid that carries all the pain in the world

06/02/2013
17:57

Pra deixar claro, o "garoto que carrega toda a dor do mundo" não sou eu, antes que achem que estou sentido dores.

Olá. O 3º dia de aula foi... melhor.

Disse ao Mr. Matthews que ele se parece com Michael Stipe, vocalista do R.E.M. e ele agradeceu já que o Michael deve ser mais novo que ele. Acho que ele não sabe sobre a sexualidade de Stipe.
Um indiano da minha aula de ciência falou comigo... acho que ele percebeu quando a professora falou para fazermos o dever com alguém perto, seja atrás ou do lado, e eu virei pra trás mas a asiática nem me olhou. Ela era feia mesmo.

Aliás não sei como asiáticas podem ser tão iguais e umas serem bem mais bonitas que outras.

O nome do indiano é Jashish. Engraçado que na mesma sala tem um outro indiano chamado Ashish. Esse Ashish é o que ficou falando sobre armas e rotas de fuga em caso de atentado e etc.

Também bati um papo com um menino de Montenegro na aula de matemática. Ele aparentemente nunca raspou seu bigode e sua mãe corta seu cabelo. E tem lingua presa. Mas os olhos dele tremiam enquanto falava comigo... talvez tenha algum problema. Não tremiam sutilmente, tremiam mesmo. Não era como a representação de ternura nos olhos dos cartoons, era como Parkinson nos globos oculares. Apesar de tudo, é um bom menino. Danilo. Imitamos sotaques russos e falamos sobre o Rio de Janeiro, brevemente.

Comi barrinhas da Quaker no almoço. Gostosinho. A comida daqui não é ruim.

Os doces são ótimos. Eu adoro doces. Clarice, arruma a mochila de uma vez pra amanhã não esquecer nada.


Os dias agora me parecem um pouco mais coloridos, já que estou matriculado no curso de Tech Teathre na Henry Wise Wood (minha escola). Desta vez, estarei operando as luzes dos espetáculos por trás da cena, e não no palco como de costume. Além de operar as luzes, estarei aprendendo outras coisas na produção. Talvez maquiagem, ajudarei a pintar os cenários e etc. Ainda sentirei a magia, assim como todos envolvidos com o espetáculo... principalmente o publico. Como é bom saber que estou oficialmente dentro da coisa.

E estou apenas esperando o email da Board of Education para sair de Math e entrar nas aulas de Arts. Realmente não nasci para todos esses numeros. Pra falar a verdade, acho a matemática um tanto quanto... fria. Sinto que não há nada que os números queiram me dizer além do que eles são. Não vejo sentimento algum numa equação... o único sentimento que sinto é em mim. Raiva por não ter a paciência nem facilidade com os números e frustração por não conseguir manusea-los com a aparente habilidade que as outras pessoas parecem possuir. Claro que se eu me interessasse e me esforçasse para conseguir essa facilidade seria melhor... talvez essa frustração desaparecesse. But what's the point?

Admiro os articuladores de códigos numéricos, matemátios, engenheiros e afins... sem eles estaríamos bem longe de onde estamos agora. Esse conhecimento é imprescindível para o nosso desenvolvimento. Mas não é imprescindível para mim... um (moleque tentando ser um) artista. Pena.


O esquilo estava lá no parque mais uma vez. Intrigante. E frio.

Escorreguei na calçada. De novo.


Os doces daqui são uma delicia.


Engraçado como uma noticiazinha pode tornar sua ideia do futuro bem melhor. Mãe, pai... talvez vocês esperassem por um médico, um advogado. Desculpaê. É o meu sonho.


Truly Yours,



Victor Lampert

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

quem eh silas malafaifalas

05/02/2013
17:41

Hoje foi meu segundo dia na escola Henry Wise Wood. Mas começarei falando sobre o primeiro. Que foi ontem, obviamente.

Bom, a escola é bem "Manual de Sobrevivência Escolar do Ned" só que sem a fuinha. A professora de ingles, Mrs. Teleky, é uma daquelas pessoas neuróticas com bacterias, mas é uma otima mulher. Um bom coração. Ela não gosta da palavra "hate" (rato) pois acha muito forte e acha que deveriamos usa-la apenas 2 ou 3 vezes a vida inteira. O professor de estudos sociais, Mr. Matthews parece o vocalista do R.E.M. só que hétero e usa chinelos em sala de aula. Um ótimo sujeito. A professora de Science é a Mrs. Gomez... aparentemente chata. A professora de matemática, Mrs. Tong é uma asiática bem amigável mas creio que  nao farei mais matemática por possuir um conteúdo que não será importante para mim no ENEM além de usar calculadora para construir gráficos... e eu não quero aprender a usar uma calculadora pra montar minhas parábolas. Vou ver se pego Arts ou Psychology ("salto com vara" em ingles) porque aparentemente tem um curso de psicologia. E provavelmente ajudarei nas produções de teatro, sem atuar. Não sei se já falei isso... falei?

E na aula de science um gordinho (carinhosamente apelidado de "fat fuck" [mentira]) começou a falar sobre os ataques em escolas americanas de gente maluca e etc. Ele me parece um tanto perturbado. Eu fiquei perturbado depois dele começar a falar aquelas coisas... mas acho que ele nao saberia segurar uma arma. Mãe, não entre em pânico, estou seguro.

As aulas de matemática são extremamente soníferas. Mas no Brasil tambem é assim. Nada novo.


O segundo dia foi melhorzinho que o primeiro. Não fiquei tão perdido. No entanto, só converso com Roberto. Cheguei a trocar algumas palavras com uns colegas de classe mas... nada. Me sinto um indiano (estranhão e fedido) brinks nao me sinto um indiano

Aliás, tem uma indiana na minha turma de inglês que parece faminta. Quero dar um twix pra ela qualquer dia. Ou só sorrir, porque twix é bom e é meu. Clarice, fecha a tampa da pasta de dente... já cansei de pedir.


Meu armário é o 254, divido-o com Roberto. Achei que ia ser super legal mas... é só um armário.

Existem meninas gostosas mas as meninas gostosas parecem ser todas a mesma pessoa. Tão iguais.

E os ventos gelados não trazem mais inspiração que os tropicais. Talvez o problema seja eu. Me sinto como uma garrafa de espumante chacoalhada incessamente por 17 anos, mas a rolha não deixa nada passar. Talvez eu esteja esperando muito de pouca coisa, achando que se a rolha ceder, terei algo maravilhoso, genial e incrivelmente auto-satisfatório pra mostrar ao mundo. Talvez seja apenas umas 3 poesias e um desenho rabiscado de um cara mostrando o rabo. Talvez sejam gases. Um suspiro. Não, acho que é o cara mostrando a bunda mesmo.

Quero andar de bicicleta. O parque aqui perto de casa é tão bonito. Tem patos selvagens nadando no rio. E todo dia de manhã o mesmo esquilo preto está parado perto da mesma árvore, e corre ao me avistar. Será que ele espera alguem? Alguma coisa? Ainda gostaria de ver um coiote. Papa-léguas, Patolino. Sei lá.

Acho que não ando de bicicleta a uns 4 anos. Quero andar, quero andar muito. Sozinho.

Ou com você.






Truly Yours,


Victor Lampert

domingo, 3 de fevereiro de 2013

"lets fucking lose it!"

03/02/2013
13:28

Estou acordado desde as 11:00 e não tem ninguém em casa, alem de Roberto e Armando.
Esqueci de lhes contar algo... em meu primeiro passeio noturno descobri que por aqui existem lebres selvagens. Enquanto no Brasil vemos cães esqueleticos vagando pelas ruas, aqui vemos coelhinhos... e Ann me disse que essas lebres são como uma previsão do tempo... quando o tempo melhorar (parar de nevar e ficar mais quente) as lebres que ficam brancas para se camuflarem na neve voltam a ficar marrom. O encanto meio que acabou quando ela disse que ha coiotes por aqui e eles caçam as lebres. Mas, é a natureza né.

Falando em natureza, enquanto no Brasil há pardais e algumas vezes pica-paus, aqui observei o bonito Magpie... é um passaro bem grande de coloração preto-azulado e branco (google it). Bonito. Taí. Gostei. Quero um.

Tem esquilos aqui tambem. "UHH MAS NO BRASIL TB TEM" Tá cara, então, aqui tambem tem. Gambás tambem... daqueles pretos com a listra preta na cauda. Espero nao esbarrar com um desses. Clarice, durma cedo pois amanhã tem aula.

Fui a uma House Party ontem... bem como imaginei. Parece coisa de filme. E o pessoal colocou a trilha sonora de "Projeto X" pra tocar. E eu pensava que meninas novas caindo de bebadas e sendo promiscuas em publico era exclusividade tupiniquim. Fora isso, a festa foi legal. Comi uma batata (uma apenas) e depositei dejetos no banheiro da casa de uma pessoa que eu nem ao menos sabia quem era... achievement unlocked!


Saímos da festa 00:00 e o onibus só passaria 51 minutos depois... logo, ficamos 51 minutos cantando uma seleção especial de músicas, entre elas "Thrift Shop", "She Will Be Loved", "One Thing", "What Makes You Beautiful" e todas as melodias que embalam a vida dessa molecadinha animada de hoje em dia.

Acabei de ativar meu numero de celular. Não vou divulgar aqui porque voces vão me passar trote. Voces nunca tem nada melhor pra fazer mesmo. Eu sei bem. I used to be among the crowd you're in with.

Sábio Bob Dylan.

As vezes eu penso... quando Bob Dylan morrer vai ter tipo CARALHO porque o cara é milenar é um dos maiores icones históricos etc... e pelo jeito acho que não vai brotar gente que nem gostava da musica dele dizendo "uhhh perdemos um rei... vai fazer falta uhwhuwhuwhu bob dylan R.P.I".

Comprei um sketchbook... com paginas em branco. E umas canetas legais. Provavelmente nao vou usar mas eu adoraria. Talvez eu compre um conjunto dessas Sharpies coloridas pra uma pessoa muito bonitinha que me espera em solo brasileiro.

Vibes, a gatinha filhote que vivia aqui, foi levada de volta ao abrigo. Ela era agitada. E cheirava bem.

Aliás, as meninas aqui cheiram bem tambem. Nem todas são gatas como a Vibes. Mas o cheiro é legal.


Vou dar uma volta no parque.


Truly Yours,


Victor Lampierre

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

finally...

01/02/2013
23:04

finalmente consegui um adaptador pra tomada do meu notebook (que alias terei que comprar outro cabo uma vez que esse nao funciona direito mais) e agora posso contar-lhes o que se passou comigo.
Meu novo host brother, Roberto Rechy, mexicano, chegou no dia 30. Demos uma volta com o Guilherme pelo shopping mais perto, o Chinook Centre. Quinta feira de manhã Guilherme foi-se para o Brasil enquanto eu e Rob fomos conhecer a escola... estou bem ansioso para o começo das aulas (sei que doi ler isso mas acreditem, doi muito mais em mim), que é na segunda feira. Os professores e funcionarios do colegio são bem simpaticos e bem humorados. Tem um funcionario que acredito ser tipo o zelador que tem o corpo coberto de verrugas... ao vê-lo pensei que ficaria mais espantado mas até que não. Só dá nervoso de olhar pra ele por muito tempo. Terei que mandar um email pra Calgary Board of Education pedindo permissão para sair de algumas aulas "obrigatorias" pra poder fazer outra, uma vez que não devem ser "obrigatorias" pra mim que já me formei no Brasil.... acho que não poderei ir às aulas de teatro "avançado" por serem no mesmo horário das aulas de ingles, que são obrigatorias para mim tambem, mas creio que poderei ajudar nas produções... só essa participação ja me deixará feliz. Provavelmente entrarei pras aulas de música do colégio. Talvez toque um instrumento de sopro. Conheci uma alemã chamada Magdalena (????) que faz parte da banda da escola etc ela me disse que a pizza da lanchonete é boa. Na verdade, umas 3 pessoas me disseram isso tambem... deve ser uma pizza realmente muito boa. Ou as outras opções que são horriveis.

Comprei uma jaqueta AWESOME ("bonita" em english ["ingles" em inglês]) que me faz sentir como um rockstar só que sem a parte do talento e tal. Quando eu comprar meu ray-ban nao haverá One Direction que me supere. Porque convenhamos ne galera aqueles garotos são pulo estilo talento e punk rock

Hoje (sexta feira) fomos ao Chinook de tarde e de noite... Rob encontrou um amigo e a irmã dele (Armando e Angelica ou simplesmente ~Angie~) da cidade natal e passeamos por ai. Fomos ~~~downtown~~ tomei um café no Tim Hortons e enquanto eu sentia o liquido escuro queimando minha língua sentaram na mesa ao lado uns adultos que aparentemente eram sem-teto porque suas roupas eram bem surradas eles não tinham muitos dentes e falavam como bebados. Se voce já jogou o jogo Bully da Rockstar Games e sabe como são os mendigos do jogo, sabe como são os mendigos de Calgary (menos aquele mendigo com barba grande esse ai nao existe em Calgary). Falavam alto e com uma voz engraçada, pareciam dublados. Bem grossa. Nao cheguei a sentir o cheiro deles mas acredito que não fediam muito.

Aliás, vi dois sujeitos provavelmente africanos no Chinook Centre... eles eram bem altos e MUITO negros, até os seus globos oculares tinham coloração diferente e ambos usavam casacos de uma cor similar a de suas peles mas com calças um pouco coloridas... algo bem peculiar de se ver. E um deles usava uma cartola, talvez fosse magico.

Preciso de meias. Clarice, coma todos seus legumes.

Eu sinceramente tô achando que voces se entediarão com minhas narrativas... se eu estiver errado, me fale. Mas se eu estiver certo, guarde pra voce. Fica ai. Quetinho. Vai encher forminha de gelo, mamãe agradece.


Me deu vontade de nadar hoje e eu acredito que isso nao sera possivel pelo menos nos proximos 3 meses. Sinto falta de voces, carinhas.


Truly Yours,

Victor Lariviere (rsrsrsr to brincando mãe)